Monday, 14 July 2025 17:24

Maserati com primeira corrida imprevisível em Berlim

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A chuva caiu intensamente na primeira corrida no Circuito Urbano do Aeroporto de Tempelhof, causando interrupções no programa da corrida.

Tanto Jake Hughes como Stoffel Vandoorne lutaram arduamente pela Maserati MSG Racing, mas, infelizmente, um toque fora do seu controlo com outros pilotos levou a que os resultados não refletissem o seu desempenho durante a corrida.

O segundo treino foi cancelado devido às condições meteorológicas adversas, que ainda persistiam à hora da qualificação. A sessão de qualificação foi encurtada removendo a fase dos duelos, e a grelha foi definida com base nos tempos dos pilotos na fase de grupos. O líder do grupo que tivesse a volta geral mais rápida garantiria a pole position, e o grupo ocuparia o lado ímpar da grelha.

Tanto Jake como Stoffel estavam no Grupo B, e, com a evolução da pista, a secar ligeiramente, a oportunidade de um bom resultado era uma realidade. Jake conquistou a 2ª posição no Grupo B, Stoffel, a 6ª e, como Mitch Evans, da Jaguar, conseguiu o tempo mais rápido absoluto no Grupo A, isso significava que eles alinhariam na 4ª posição e 12ª, respetivamente.

O arranque de Jake não foi o melhor, pois, quando as luzes se apagaram, viu-se cercado na Curva 1. Teve sorte em conseguir sair da curva sem incidentes, mas perdeu quatro posições, e foi obrigado a procurar uma forma de recuperar posições na grelha. O começo de Stoffel não foi tão mau, mas na zona intermédia também ele estava concentrado na sobrevivência. A pista ainda estava molhada, a chuva ameaçava, e sair da trajetória ideal ainda era perigoso.

Jake e Stoffel ativaram cedo o Modo de Ataque para tentar ganhar posições, com as janelas de Pit Boost a chegarem por volta do meio da corrida. David Beckman, da Abt Lola, teve um incidente logo após as janelas de Pit Boost, o que fez acionar o Safety Car. Com um Modo Ataque restante para cada um, Jake e Stoffel estavam em boa posição para lutar por pontos, ambos visando um lugar entre os cinco primeiros.

A maioria dos pilotos do top 5 efetuou o Modo de Ataque, colocando Jake na disputa pelo pódio. António Félix da Costa, da Porsche, errou na saída do Modo de Ataque, indo embater na traseira do carro de Jake e levando-o a entrar em pião. Ele conseguiu prosseguir, mas isso acabou com a sua luta por um lugar entre os cinco primeiros, pois saiu da zona de pontuação na volta seguinte, ao ativar o seu último Modo Ataque. Félix da Costa recebeu uma penalização de tempo por causar a colisão, mas a corrida de Jake já tinha sido prejudicada.

Um destino semelhante aguardava Stoffel, que fez um pião na sequência de um toque com Oliver Rowland, da Nissan, no mesmo ponto da pista. Rowland estava a ultrapassar outro carro na Curva 6 quando perdeu o controlo na parte molhada da pista e foi embater contra a lateral do carro de Stoffel. Também ele conseguiu continuar, mas, com o pelotão ainda agrupado após o Safety Car, acabou por ir para o fim da grelha. Apesar de uma corajosa tentativa de recuperação com o Modo de Ataque, não conseguiu regressar a uma posição de pontuação.

CITAÇÕES

Jake Hughes, Piloto, Maserati MSG Racing (14th): “Hoje foi uma história de duas metades. Fomos muito fortes na qualificação, tendo conseguido a 2ª posição no grupo, o que nos colocou em 4º na grelha. Senti-me muito confortável com o carro e acho que, se não fosse por termos sido os primeiros a cruzar a linha na zona da pista que estava a secar, poderíamos ter lutado pela pole position, ou mesmo sido os mais rápidos do grupo. Foi um começo realmente positivo na corrida, e eu senti que estávamos numa boa posição para lutar por pontos, se não mesmo por um pódio. Infelizmente, não conseguimos manter na corrida o mesmo ritmo da qualificação, tivemos dificuldades com a aderência dos pneus, especialmente no início, na parte molhada da corrida. Isso colocou-nos na defensiva, mas a corrida voltou a estar a nosso favor após o segundo Safety Car. Estávamos em 6º/7º lugar, a sete voltas do fim, ainda com energia suficiente, e senti que poderia lutar por um lugar entre os 5 primeiros. Infelizmente, acabei por entrar em pião por causa de um toque de outro carro, e isso foi praticamente o fim das nossas possibilidades de pontuar. Foi uma pena, mas amanhã temos outra oportunidade. Espero que consigamos ser tão bons na corrida como fomos na qualificação."

Stoffel Vandoorne, Piloto, Maserati MSG Racing (12th): "Tivemos um fim de corrida infeliz. Foi bastante solitário no começo, antes do Pit Boost, mas rapidamente me encontrei a lutar novamente com Jake, Ticktum e Barnard. Estivemos nesse jogo por algum tempo, juntámo-nos novamente após o Pit Boost, mas ainda tinha um Modo de Ataque à disposição, o que me dava uma vantagem. Especialmente quando o Safety Car entrou perto do final da corrida, pois reagrupou o pelotão novamente. Tivemos uma ótima oportunidade de recuperar algum terreno novamente, mas, infelizmente, Rowland bateu-me na traseira, o que me empurrou para fim do pelotão e arruinou as minhas hipóteses. Sei que não era intenção dele atingir-me, mas provavelmente fez uma avaliação errada com a pista molhada. Se repararmos onde Mortara e Barnard terminaram – os pilotos com quem eu estava a lutar antes do pião –, em terceiro e quinto lugar, isso indica onde eu poderia ter terminado. Um top 5 teria sido um bom resultado para um dia complicado. A chuva proporciona condições muito dinâmicas e, como equipa e piloto, precisamos de conseguir adaptar-nos a isso. Parece que amanhã também vai estar um pouco chuvoso, vamos ver o que conseguimos fazer.”

Cyril Blais, Team Principal, Maserati MSG Racing: “A qualificação correu bem. Jake fez um ótimo trabalho e fomos um pouco azarados por ele não conseguir fazer mais uma volta, tendo cruzado a bandeira de xadrez apenas um segundo tarde demais. O ritmo foi forte no Grupo B, pelo que ficar em 2º, tendo começado em 4º, foi muito bom. Stoffel teve um pouco mais de dificuldades e eu realmente acho que ele tinha mais potencial, mas ficámos com uma ideia do que poderíamos ter feito de diferente para ele avançar. Ainda assim, o 12º lugar significava começar muito perto da zona dos pontos, e sabemos que a qualificação aqui não é tão importante como noutras pistas, portanto estávamos confiantes num resultado com pontos para ambos.

“A corrida, foi complicado desde o começo. Ambos os carros perderam posições quando as luzes se apagaram, o que comprometeu as nossas estratégias, mas sabíamos que era uma corrida longa, onde muita coisa poderia acontecer – e aconteceu. Mudámos para uma estratégia centrada na energia, tendo cuidado com a energia no início, sabendo que seria difícil para os nossos adversários na parte final. Quando o Safety Car entrou, perto do fim da corrida, estávamos bem posicionados. O nível de energia era bom, Stoffel ainda tinha um Modo de Ataque entre os cinco primeiros, Jake estava confortável na sétima posição. Acreditava que poderíamos lutar por um pódio com Stoffel e conquistar pontos importantes com Jake, mas foi mais uma corrida de «poderia, teria, deveria». Terminamos com zero pontos, o que é muito frustrante, considerando todo o esforço de todos e todo o potencial que mostrámos. Voltamos à pista amanhã, por isso vamos trabalhar muito esta noite e tentar reverter a situação na segunda corrida.”

Maria Conti, Head of Maserati Corse: “Berlim provou ser um circuito imprevisível. Cada volta é um verdadeiro desafio e uma oportunidade de aprender algo, levando connosco lições fundamentais para aplicar tanto na pista como na nossa gama de produtos por meio de uma transferência de tecnologias. Hoje, enfrentámos desafios, mas permanecemos unidos. Com três corridas ainda pela frente, continuamos a trabalhar com determinação para encerrar a temporada da melhor maneira possível. Já estamos concentrados na corrida de amanhã e prosseguiremos a nossa jornada rumo ao centenário da Maserati no automobilismo com renovada confiança e ambição.”

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