O espanhol divide com Filip Vava um Mercedes AMG GT4 da NM Racing Team, tendo arrancado a temporada com uma vitória no Algarve, a que se seguiu um novo triunfo em Jarama - esta última pontuável apenas para a competição espanhola.
Quando faltam ainda disputar as provas de Valência, Jerez e Estoril, Guillermo Aso e o seu companheiro de equipa chegam à segunda metade da época no centro da luta pelo título, liderando a competição de pilotos do Iberian Supercars, ainda que em igualdade pontual com Nuno Afonso e Alexandre Areia (Toyota GR Supra GT4 EVO2 da Gianfranco Motorsport), e do Supercars España, em ambos os casos na divisão GT4 Pro-Bronze.
O balanço até ao momento é claramente positivo, com Aso a destacar a solidez e o nível competitivo que têm marcado o campeonato. “Estamos muito contentes com o início de temporada, porque lideramos o campeonato de GT4 Pro-Bronze, tanto no Iberian Supercars, empatados, como no Supercars España. Em termos de nível competitivo, está muito renhido e, efectivamente, acredito que até à última corrida muitas coisas podem acontecer. Confiamos em manter a liderança, mas tudo depende de como se desenrolar a temporada”, apontou o piloto de Saragoça.
Com duas das três rondas por disputar a realizarem-se em solo espanhol - Valência e Jerez -, a questão da vantagem do conhecimento dos circuitos surge naturalmente. O piloto da NM Racing Team reconhece algum conhecimento acrescido desses circuitos, mas minimiza o impacto que isso possa ter: “nas provas seguintes - Valência primeiro, depois Jerez, ambos em Espanha - talvez tenhamos um pouco mais de experiência nesses circuitos como pilotos espanhóis, mas o Filip (Vava), por exemplo, nunca tinha corrido em Jarama e rapidamente se adaptou, fazendo até a pole-position. Pessoalmente, já corri várias vezes no Estoril e em Portimão, o Estoril é das minhas pistas favoritas e dou-me especialmente bem lá. Por isso, não creio que haja uma grande diferença entre conhecimento das pistas espanholas e portuguesas. Claro que correr em casa é sempre melhor, mas não penso que seja determinante”.
A consistência vai ser o critério decisivo para quem quiser discutir o título até ao fim. Nesse sentido, Guillermo Aso aponta com clareza aquele que, na sua opinião, será o maior obstáculo. “Sem dúvida, o desafio principal na segunda metade da temporada será não falhar, evitar ficar a zero (n.d.r.: não marcar pontos numa corrida) ou erros que nos retirem pontos, e garantirmos o máximo de pontuação possível, se possível sempre no pódio”, sublinhou o piloto da NM Racing Team.
A próxima ronda do campeonato será em Valência, em Setembro, um traçado bem conhecido da equipa e onde o piloto do Mercedes AMG GT4 espera voltar a ser competitivo. “É, obviamente, um circuito que nos agrada e é um bom traçado, que nos favorece tanto a nós como ao carro. Já o verificámos no ano passado”, concluiu Guillermo Aso com confiança.
Com vitórias já conquistadas e um ritmo competitivo demonstrado nas primeiras provas, Guillermo Aso e Filip Vava chegam à fase decisiva com ambição, realismo e foco. O equilíbrio da classificação faz antever uma recta final disputada, onde os erros se pagarão caro, e onde cada pódio poderá pesar na balança do título, mas o espanhol não esconde uma confiança moderada.
