O piloto lisboeta esteve em evidência ao longo de toda a corrida, que chegou a liderar, mas um incidente provocado por um adversário afastou-o de um merecido pódio, concluindo a corrida no quarto lugar da sua classe.

A prova marcou o regresso de Miguel Cristóvão aos LMP3, quase um ano depois da sua última participação, novamente aos comandos de um Ligier JS P320 da Eurointernational. A equipa italiana apresentou em Portimão o novo modelo equipado com motor Toyota turbo, que o português partilhou com Fabien Michel e o mexicano Ian Aguilera. Foi precisamente o francês quem iniciou a corrida, partindo da quarta posição entre os LMP3 e mantendo-se sempre no grupo da frente antes de entregar o carro a Cristóvão para o segundo turno.

O piloto português enfrentou uma fase particularmente exigente, já que rodou sempre com pneus usados. Apesar disso, manteve um ritmo elevado e chegou a colocar o carro no comando da corrida antes de ser penalizado por um toque de um adversário, que o fez perder mais de dez segundos. Esse atraso revelou-se determinante para o desfecho, uma vez que a equipa terminou a apenas três segundos do terceiro classificado.

Miguel Cristóvão mostrou-se satisfeito com o desempenho geral, mas reconheceu que o resultado poderia ter sido ainda mais expressivo. “Estivemos na luta pela vitória e o carro mostrou-se muito competitivo, o que nos deixou bastante optimistas. Infelizmente, o toque de um adversário acabou por condicionar o resultado final e retirou-nos um pódio que tínhamos ao nosso alcance. O quarto lugar é positivo, mas deixa sempre um sabor agridoce quando sabemos que podíamos ter terminado entre os três primeiros”, afirmou.

Para o piloto de Lisboa, o balanço do fim-de-semana é, ainda assim, amplamente positivo, tendo em conta o regresso à categoria e as exigências da prova. “Foi o meu regresso aos LMP3 e a um campeonato com um elevadíssimo nível depois de quase um ano afastado das European Le Mans Series, e foi gratificante voltar a encontrar o ritmo e sentir-me competitivo desde o início. Estivemos na luta pela vitória e demonstrámos um andamento muito forte. Sem o incidente, o pódio era perfeitamente possível, mas fico satisfeito com a forma como a equipa trabalhou e com o nível de performance que conseguimos alcançar e, num campo mais pessoal, na forma como me readaptei rapidamente a uma competição com esta exigência”, concluiu.

Depois desta participação em Portimão, Miguel Cristóvão regressa agora ao Iberian Supercars, onde prossegue o seu programa ao volante de um Porsche Cayman CS RS da Veloso Motorsport, em dupla com Patrick Cunha. A próxima etapa disputa-se em Jerez de la Frontera, entre os dias 31 de Outubro e 2 de Novembro.